O Brasil e a pesquisa do genoma

O Brasil não aproveita o resultado de suas pesquisas 

Na América Latina, o Brasil lidera as pesquisas genéticas e conseguiu fazer o primeiro mapa genético de uma bactéria que ataca as plantações de laranja. "O seqüenciamento do genoma humano representa um avanço humano fantástico," disse Andrew Simson, do Instituto Ludwig, coordenador do projeto genoma no Brasil que investiga as causas genéticas do câncer.

"Nós também fizemos nossa contribuição para essa conquista," disse, ressaltando que a conquista ajudará os cientistas a compreender doenças como o câncer e Alzheimer.

No início desse ano, os cientistas brasileiros anunciaram o seqüenciamento genético da bactéria Xillela fastidiosa responsável pela praga do "amarelinho", uma peste que ataca os laranjais. O país é o maior produtor e exportador de suco de laranja.

"A biotecnologia é muito importante para o futuro, para nossa agricultura e biodiversidade," afirmou José Fernando Perez, diretor da Fundação Amparo de São Paulo.

A fundação faz parte de uma rede de pesquisas no Brasil que, além de seu trabalho sobre o câncer e a praga da laranjeira, tem planos para pesquisar outra bactéria cítrica e cana de açúcar.

Os cientistas brasileiros também estão trabalhando junto aos norte-americanos no esforço de decodificar a genética de uma peste que ataca os vinhedos. (Com informações da France Presse e Reuters)

Fonte - CNN

Brasil ocupa lugar de destaque em pesquisa genética


Em pouco mais de dois anos, o Brasil saiu da pré-história da pesquisa genética para tornar-se o primeiro país do Hemisfério Sul a contribuir com o Projeto Genoma Humano (HGP). Graças à iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o País conseguiu, em tempo recorde, não apenas dominar as principais estratégias de seqüenciamento do DNA disponíveis no mundo, como ainda produzindo informações totalmente novas para o banco de dados do HGP.
Mais: a estratégia Orestes (abordagem desenvolvida no Brasil) deve tornar-se vital para o próximo passo do Projeto Genoma - a identificação dos genes. Eles representam apenas cerca de 3 dos 3 bilhões de "letras químicas" que formam nosso DNA, mas são a única parcela que contém a receita para a síntese das proteínas, constitutivas do organismo e responsáveis pelos processos metabólicos.
Em apenas sete meses, os brasileiros já identificaram mais de cem novos genes no cromossomo 22, o primeiro a ser totalmente seqüencima Humano será divulgada segunda

O original está em: Terra

Brasil não aproveita conhecimento que cria

Brasília - Apesar de produzir mais de 1% da ciência mundial, o Brasil é responsável por apenas 0,1% dos registros de patentes industriais nos Estados Unidos. A defasagem, destacada hoje pelo presidente da Academia Brasileira de Ciências, Eduardo Krieger, mostra a dificuldade do País em aproveitar economicamente o conhecimento que cria.

"Temos um setor científico relativamente melhor do que o tecnológico", disse Krieger durante o simpósio Os Desafios da Inovação no País: o Impacto da Globalização nas Empresas Nacionais, na 52.ª Reunião Anual da SBPC. Segundo ele, países como os Estados Unidos e o Japão são responsáveis proporcionalmente, em escala mundial, por mais patentes do que trabalhos científicos.

Krieger citou também o caso da Coréia do Sul, onde a produção de ciência equivale à brasileira, mas sua transformação em aplicações concretas pela indústria é muito maior - o que se traduz num número dez vezes superior de patentes registradas. Para ele, isso é reflexo da distância que separa a indústria da universidade. "Não temos um mercado interno que solicite rapidez em transformar conhecimento em patentes", afirmou Krieger.

Fonte : Estadão

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