Cana-de-açúcar é matéria-prima para plástico.

Material biodegradável foi desenvolvido em projeto do IPT, Copersucar e USP.

A cana-de-açúcar ganhou um novo aproveitamento econômico: a planta é a matéria-prima de um tipo de plástico biodegradável, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), em parceria com o Centro Tecnológico da Copersucar e o Laboratório de Genética do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

O novo material foi desenvolvido em projeto financiado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT) e poderá ser usado em escala industrial ainda este ano. Durante a pesquisa, o açúcar da cana foi usado como substrato para que bactérias encontradas no solo produzam o polihidroxibutirato, um polímero que é a base do plástico.

O processo de fabricação do produto começa com a indução ao crescimento e multiplicação de bactérias, em um bioreator, usando como substrato o carboidrato da cana-de-açúcar. O polímero é "fabricado" pelas bactérias e depois separado delas e purificado. Para melhorar sua qualidade como bem de consumo, algumas substâncias, como corantes e plastificantes, são aditivadas ao polímero.

Segundo José Gregório, um dos responsáveis pelo projeto no IPT, esse plástico biodegradável tem um custo de duas a cinco vezes maior que o plástico tradicional, mas é mais barato se comparado a outros tipos de biodegradáveis. No entanto, enquanto o plástico comum demora mais de 50 anos para se decompor no meio ambiente, o biodegradável não demora mais que algumas semanas.

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