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Armazenamento
mais seguro de rejeitos nucleares Zirconato
de gadolínio pode conter radiação do plutônio por 30 milhões de anos |
fonte
- Ciência
Hoje
Uma
solução pode ter sido encontrada para o armazenamento do plutônio, um
problema ambiental mundial. Após avaliar a resistência à
radioatividade de vários compostos, cientistas da Universidade de
Michigan, nos Estados Unidos, estimaram que o zirconato de gadolínio
pode conter a radiação do plutônio por até 30 milhões de anos. |
O
plutônio leva 24.500 anos para dissipar metade de sua radiação |
Os
pesquisadores de Michigan avaliaram também a resistência do titanato
de gadolínio - cerâmica que estava sendo cogitada para a contenção
de radioatividade. Os resultados indicam que esse material seria
danificado pela radiação em menos de mil anos - o que inviabiliza sua
utilização com esse propósito. Paralelamente
à descoberta da possível eficácia do zirconato de gadolínio na
contenção de radioatividade, uma outra equipe de pesquisadores, do
Laboratório Nacional de Los Alamos (Estados Unidos), descobriu que um
composto similar - o zirconato de érbio - também pode resistir à
radioatividade por milhares de anos. Esses resultados foram apresentados
na edição de 2 de agosto da revista norte-americana Science.
"Duas equipes independentes mostraram que materiais baseados em
zirconato oferecem uma excelente solução para a questão do
armazenamento de plutônio", disse ao serviço de notícias da
Universidade de Michigan o cientista Rodney Ewing. "Os resultados
confirmam que existem materiais resistentes à radiação e quimicamente
duráveis capazes de conter o plutônio." Esses
materiais são indicados para o armazenamento de rejeitos nucleares por
suportarem altos níveis de radiação sem que haja rompimento de sua
estrutura atômica. "O titanato, material cogitado para conter a
radioatividade, tem sua estrutura atômica totalmente desordenada quando
exposto a baixos níveis de radiação", diz Shixin Wang, cientista
da Universidade de Michigan. Wang apresentou os resultados do estudo na
conferência Plutonium Futures
2000, em julho, nos Estados Unidos. O armazenamento de rejeitos radioativos é um problema ambiental relativamente recente. Além do combustível usado pelas usinas nucleares espalhadas pelo mundo, ele envolve também o material físsil das armas atômicas - boa parte delas desativadas pela ex-União Soviética e pelos Estados Unidos. Só nesse país, há 40 mil toneladas de plutônio esperando um local e uma 'embalagem' definitiva para armazenamento. |