Energia elétrica: como suprir a demanda crescente?

Carvão ainda é a fonte mais usada; participação do gás natural deve crescer

Fonte - Ciência Hoje

A energia elétrica é fundamental para a atividade humana no mundo moderno. Sem ela, não teria havido crescimento da indústria ou melhoria das condições de vida. Seu uso está diretamente ligado ao desenvolvimento dos países, e a demanda tende a aumentar cada vez mais. O consumo por habitante no Brasil é baixo: 1800 quilowatt-hora por ano. Na França e no Japão, o consumo é de 7000 kWh/hab/ano; nos Estados Unidos, de 12000kWh/hab/ano.

Mas de onde vem essa energia? As fontes podem ser divididas entre renováveis (hidráulica, solar, eólica) e não renováveis (carvão mineral, gás natural, urânio). 

 

Já as usinas podem ser termelétricas ou hidrelétricas. As hidrelétricas geram energia a partir de desníveis da queda d'água no curso de um rio, sejam eles naturais (cachoeiras) ou artificiais (barragens). Esta é a segunda fonte mais utilizada para a produção de energia elétrica no mundo.

As termelétricas produzem energia por meio do calor gerado a partir de vários tipos de combustível: carvão, derivados de petróleo, gás natural, lenha, bagaço de cana. A fonte mais utilizada é o carvão mineral, responsável por 40% da energia elétrica gerada no mundo. Usinas nucleares também são termelétricas, mas são tratadas como uma categoria a parte, devido às diferenças em sua forma de geração e à polêmica sobre se devem ou não ser construídas.

Cada uma dessas fontes tem importância relativa diferente ao redor do mundo. A China e os Estados Unidos são os dois maiores consumidores de carvão; a energia elétrica consumida na França e no Japão é gerada sobretudo por usinas nucleares. Já no Brasil, que concentra 15% da água doce acessível no mundo, as hidrelétricas produzem 95% da energia. No entanto, há grande perspectiva de mudanças nesse cenário. 

Como o gás natural tem se tornado cada vez mais competitivo, sua participação tende a crescer, em detrimento de fontes como carvão, derivados de petróleo ou urânio.

A energia nuclear tem enfrentado resistências devido ao impacto que pode ser causado em um eventual acidente. "Na Europa, elas estão pouco a pouco sendo desativadas", diz o engenheiro Maurício Tolmasquim, da Coordenação de Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

A participação da energia hidrelétrica na matriz energética mundial deve permanecer estável até 2020. A das demais fontes renováveis (como biomassa, energia solar e eólica) deve crescer. "Com o esgotamento dos recursos para energias convencionais, seu preço deve subir, viabilizando o custo das renováveis", afirma o físico Guilherme Moreira, representante da Agência Nacional do Petróleo no Comitê das fontes renováveis do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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