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Inovação, denominada biochip, pode ajudar na cura de doenças incógnitas
Uma lâmina de menos de 10 cm de comprimento por três de largura, de
finíssima espessura e contendo milhares de informações do conjunto
de genes (genoma) pode representar, nos próximos anos, chances de
aumentar a cura por meio de novos medicamentos e vacinas para
importantes doenças que ainda são uma incógnita para a medicina. A
revolucionária tecnologia foi apresentada ontem, em Curitiba, pelo
Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), ligado ao governo
do estado. Denomina-se biochip, e sua execução teve o envolvimento
de pesquisadores paranaenses em parceria com os de outros centros
brasileiros.
O projeto que colocou o Brasil na chamada era pós-genômica
(caracterizada pelo desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que
se destinam a analisar uma grande quantidade de genes e verificar suas
funções biológicas em diversas situações), está ligado ao IBMP.
A instituição é vinculada ao Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)
e Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Estes centros, por sua vez, são parceiros, na pesquisa, da Fundação
Osvaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade de Mogi das Cruzes (SP). Com
elas trabalharam, financiadas pelo governo federal, governo do Paraná
e Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo. Todos estes
parceiros investiram, somente na evolução do biochip a partir do
desenvolvimento dos genes US$ 400 mil.
Ponto de partida
Os estudiosos paranaenses tiveram como ponto de partida para a
pesquisa revolucionária o desenvolvimento do biochip do protozoário
parasita "Tripanossoma cruzi". O microrganismo causa a doença
de Chagas, que não tem cura, nem vacina e atinge cerca de 20 milhões
de portadores em todo o continente americano.
Marco Aurélio Krieger, paranaense mestre e doutor em Ciências Biológicas
pelo Instituto de Biofísica Chagas Filho e líder da equipe que
desenvolveu o biochip, explicou ontem que na lâmina apresentada agora
existem dados sobre cinco mil diferentes genes do "Tripanosoma
cruzi". Isto é suficiente, em sua opinião, para se colher
informações pela engenharia genética durante vários anos para
buscar a doença de Chagas.
O pesquisador acrescenta que uma metodologia de investigação genética
parecida com a do protozoário pode permitir a evolução sobre o
tratamento e inclusive em relação à descoberta de vacinas mais
eficientes de outras importantes doenças endêmicas.
Além disto, segundo Krieger, o conceito de pesquisa do biochip pode
ser aplicado, com menores custos e maior precisão, na produção de
futuras vacinas feitas com base na engenharia genética.
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Entenda
os termos
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Genética
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Trata da reprodução,
herança, variação e conjunto de problemas relativos à
descendência
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Cromossomo
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Material hereditário
que conserva, transmite e expressa a informação genética
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Gene
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Determina características
de cada pessoa, transmitidas de geração para geração,
sendo composto de DNA
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DNA
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Um complexo
filamento de substâncias químicas que, ordenadas de forma
especial em cada pessoa, conferem-lhe uma "marca
registrada" genética
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Genoma Humano
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Conjunto de genes
de um organismo; o patrimônio genético armazenado que contém
as principais características hereditárias, alterações e
doenças que um ser humano pode sofrer
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Projeto Genoma
Humano
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Programa
internacional de investigação pública iniciado há 10 anos
para determinar a seqüência completa do DNA humano,
envolvendo 100 laboratórios de diversos países
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Biochip
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É o nome que se dá
à representação de um genoma ou genomas. Estes genomas,
colocados em lâmina e analisados em microscópio a laser,
permitem que se compare duas populações de genes e desta
forma se avance na descoberta de fármacos que combatem doenças
ou disfunções
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Era pós-genômica
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O mesmo que era genômica
funcional, que possibilitará o surgimento de uma nova geração
de fármacos e testes diagnósticos, além de gerar maior
conhecimento de como funciona a célula
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LEIA TAMBÉM:
Causas
de doenças são pesquisadas
IBMP
foi criado em parceria com a Fiocruz
Pesquisa
enviada por - Carlos Eduardo - Curitiba - PR
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