Genética ajuda a limpar áreas atingidas por petróleo

Engenheiros estão usando a genética para desenvolver um método simples e rápido de monitorar a limpeza de locais contaminados por petróleo e derivados, como gasolina e diesel.

fonte - globo.com

A técnica faz um rastreamento do solo em busca de genes que revelam a presença de uma enzima produzida por uma bactéria que cresce com a poluição. Se a enzima está presente, isso significa que a bactéria provavelmente está limpando o solo. As informações sobre a presença e a concentração da bactéria podem então ser usadas para monitorar o progresso do trabalho de limpeza.

"É um método bioquímico direto para conhecer a presença de organismos bacterianos no solo", disse Loring Nies, professor associado de engenharia civil

da Universidade Purdue, especializado em biolimpeza, ou o uso de microrganismos para limpar a contaminação ambiental.

O método é especialmente indicado para monitorar a limpeza de locais contaminados por vazamentos em tanques de combustíveis, que permitem que os poluentes se infiltrem no solo. Tem a vantagem de dar o resultado em poucas horas. Os métodos convencionais exigem que amostras do solo sejam levadas a um laboratório, onde as bactérias são cultivadas num meio de cultura. Isso pode levar dias e nem sempre dá resultado, porque alguns microrganismos não crescem em laboratório.

A técnica desenvolvida em Purdue, já testada em laboratório e agora em fase de experiências no campo, detecta a enzima catecol 2,3-dioxigenase, produzida por diversos tipos de bactéria que "comem" toxinas derivadas do petróleo, como benzeno, tolueno e xilenos. Os engenheiros extraem o DNA das amostras de solo contaminado e buscam genes específicos que revelam a presença da enzima.

Os contaminantes são absorvidos pela bactéria e quebrados por enzimas que os transformam em compostos menos tóxicos, como o metil-catecol, que por sua vez são degradados pela catecol 2,3-dioxigenase. Uma das formas de melhorar a biodegradação é adicionar fertilizantes ou oxigênio ao local, para favorecer o crescimento das bactérias. A técnica de Nies permitirá monitorar o sucesso dessas providências.

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