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O perigo das armas químicas e biológicas |
Fonte: Folha de São
Paulo – 16/10/2001 Desde os atentados terroristas nos Estados Unidos
estamos ouvindo muitos nomes de substâncias estranhas como antraz, gás
mostarda, gás sarin, VX entre outros. Mas o que são essas chamadas
“armas químicas e biológicas” e como elas podem ser usadas em uma
guerra? Armas biológicas são
compostas com os próprios microorganismos de algumas doenças, como é o caso
do antraz e da varíola. Essas substâncias podem ser tiradas de animais e
plantas ou mesmo ser feitas em laboratórios. A chamada guerra química e biológica
é a utilização dessas substâncias tóxicas contra um inimigo, ao invés de
armas de fogo e bombas. O antraz é a substância
mais comentada no momento e pode produzir os efeitos mais agressivos. Ela tem
sido enviada em cartas a várias empresas e ao senado dos Estados Unidos. A
substância pode ser misturada em pó ou em um líquido, e armazenada até em
aerosol. O antraz se manifesta
de várias formas, provocadas sempre por uma bactéria (bacillus anthracis).
Se aspirada, entra no pulmão e se multiplica no organismo, causando convulsões
e hemorragias. Nesse caso, a morte pode acontecer em até dois dias. Outra
forma do antraz se manifestar é pelo contato através da pele, onde se formam
feridas como furúnculos. Esse tipo da doença não é fatal. O Agente Laranja foi
criado pelos americanos durante a Guerra do Vietnã, na década de 1960. O gás
mostarda é uma substância à base de enxofre que pode provocar danos em todo
o corpo. Em grande quantidade pode deixar a pessoa cega e até causar a morte.
Já o VX é um gás paralisante à base de fósforo que pode provocar dor de
cabeça, náuseas e convulsões. Em pouco tempo a vítima entra em coma e pode
morrer. O Sarin é outro tipo
de gás paralisante que ficou famoso por ter sido usado no atentado terrorista
no metrô de Tóquio, em 1995. Os danos são parecidos aos do VX. A Varíola,
que conhecemos como uma doença infecciosa do século passado, é outra ameaça
grave. A varíola mata 30% de suas vítimas de uma forma muito dolorosa. No Brasil, o risco de
atentados com essas armas é muito pequeno e não temos motivo para nos
apavorar. Mas, como todos os países do mundo, também devemos estar alertas e
conhecer o que causa cada uma dessas substâncias |
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