Afeganistão - epidemia de vírus mortal

Afeganistão é reservatório de micróbio mortal

Fonte - Globonews.com

O virologista inglês radicado no Brasil John Woodall foi responsável pelo isolamento do vírus da febre da Criméia e do Congo em 1967, na África. Segundo Woodall, que trabalha na rede mundial de rastreamento de novas doenças pela internet Promed, o Afeganistão sofre há anos com a doença.  

O Afeganistão é um reservatório desse vírus hemorrágico?  

JOHN WOODALL: Sim. Na verdade, o Afeganistão e os países vizinhos têm há anos casos esporádicos da doença. Acredita-se que o Afeganistão venha tendo surtos recentes,
mas como o país é fechado, ninguém sabe bem o que acontece lá. As pessoas morrem e ninguém fica sabendo. Com a saída em massa de refugiados e a concentração dessas pessoas em acampamentos, o vírus começou a causar surtos maiores e visíveis.

Há risco de epidemia?

WOODALL: Os campos de refugiados sempre trazem esse risco, mas agora que a doença foi identificada, será mais fácil combatê-la, uma vez que as pessoas serão alertadas a
evitar o contato com sangue contaminado.

Esse vírus pode ser usado como arma?

WOODALL: Sim, mas é pouco provável. O vírus pode ser transmitido por picada de carrapatos e pelo contato com sangue de pessoas e animais infectados. Essas não são vias eficientes para um ataque biológico. Os agentes biológicos mais temidos são os transmissíveis pelo ar. Porém, poderia ser uma arma para causar terror psicológico, uma vez que os efeitos da doença deixam a população apavorada.

Fonte - Globonews.com

Febre hemorrágica ameaça afegãos e paquistaneses

QUETTA - A febre da Criméia e do Congo matou 11 pessoas na fronteira do Afeganistão com Paquistão nos últimos quatro meses. O surto está apavorando autoridades sanitárias da província paquistanesa do Baluchistão, que abriga os mais de 60 casos registrados desde junho. O vírus, endêmico no Afeganistão, está seguindo o curso dos refugiados, cujo fluxo aumentou drasticamente devido à iminência de um ataque militar americano.

A doença causa sintomas muito semelhantes à febre hemorrágica causada pelo vírus Ebola. Sem tratamento adequado, os órgãos se liquefazem. O paciente sangra por todos os orifícios, até morrer.

- Nunca vi algo assim e há risco real de uma epidemia entre refugiados afegãos - disse Taj Mohammed, médico do hospital Fatima Jinnah, em Quetta, onde a maioria dos infectados está sendo atendida.

Ao contrário da febre hemorrágica do Ebola, porém, a doença tem tratamento. é transmitida por carrapatos e no contato com sangue, urina, saliva ou fezes de pessoas contaminadas.
Os primeiros casos de febre da Criméia e do Congo em pessoas, foram registrados em 1944 em soldados russos, na região da Criméia. O vírus causador da doença foi isolado em 1967.

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