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Notícia de 10 de outubro de 2002

Consumo crônico de maconha causa problemas cerebrais

Fonte - CNN

Os consumidores crônicos de maconha sofrem de perda de memória e desvios da atenção que podem afetar seu trabalho, sua capacidade de aprendizagem e sua vida em geral, disseram pesquisadores ao divulgar um novo estudo sobre o tema, nesta semana. No entanto, em meio à polêmica que cerca essa droga, um especialista médico pôs em dúvida os resultados da pesquisa, perguntando se o suposto impacto adverso da maconha era persistente. Calcula-se que pelo menos sete milhões de pessoas consomem a droga semanalmente, nos Estados Unidos. Os resultados do estudo estão na publicação Journal of the American Medical Association, tendo sido baseados em informações sobre pacientes que buscaram ajuda para superar sua dependência da maconha em clínicas de Seattle, Farmington, Miami e no estado de Connecticut, entre 1997 e 2000. Foram examinadas 51 pessoas que consumiram maconha regularmente em um período médio de 24 anos, bem como 51 consumidores de curto prazo e 33 que nunca usaram a droga. "Aqueles que consumiram durante muito tempo... obtiveram uma pontuação notavelmente mais baixa nos testes de memória e atenção que os do 
grupo de controle (que jamais fumaram) e os que usaram por pouco tempo; ou seja, 10 anos em média", disseram os autores da pesquisa. No teste de aprendizagem verbal, "os consumidores empedernidos lembraram de muito menos palavras que os do grupo de controle e os que consumiram maconha por pouco tempo. De fato, não houve diferença entre os últimos dois grupos", acrescentaram. "Mas os consumidores crônicos mostraram uma deterioração na aprendizagem, na capacidade de retenção e memória, em comparação com os outros". Os autores do estudo, Nadia Solowij, da South Wales University, em Sydney, na Austrália, e seus colegas do Grupo de Pesquisa do Projeto para o Tratamento da Maconha, disseram que os resultados confirmam e ampliam descobertas anteriores sobre a deterioração cognitiva entre os consumidores crônicos da droga. "Para os consumidores habituais, o tipo de deterioração observado no estudo tem o potencial de impactar no rendimento acadêmico, na capacidade ocupacional, nas relações interpessoais e no funcionamento do dia-a-dia", concluíram. Em um artigo publicado na mesma revista, Harrison Pope, da faculdade de medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, escreveu: "Uma meta-análise recente de estudos neuropsicológicos sobre consumidores crônicos de maconha não encontrou provas significativas de déficit em sete ou oito... áreas de destrezas, e apenas um pequeno efeito na aprendizagem". Em outro artigo, Pope disse que o presente estudo não explorava se os consumidores viciados haviam usado outras drogas, que poderiam ter contribuído para a deterioração relatada, ou se padeciam de um estado de depressão ou ansiedade, que também pode ter causado o problema. Pope, que dirige o Laboratório Psiquiátrico Biológico do Hospital McLean, na cidade norte-americana de Belmont, em Massachusetts, acrescentou: "O melhor que se podia dizer nesse momento é que o consenso geral ainda questiona se o consumo crônico de maconha pode ocasionar uma deterioração permanente nas funções cerebrais".