Pesquisadores
utilizam lodo tóxico para produzir novo corante
Fonte - SciAm
A possibilidade de aproveitamento do lodo tóxico, resíduo da produção de
bijuterias, foi descoberta pelo casal de químicos Gislaine Aparecida Barana
Delbianco e Sérgio Delbianco Filho, mestrandos em Física Aplicada e
Ambiental na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e professores da Escola
Técnica Trajano Camargo do Centro Paula Souza, de Limeira. O corante,
originário desse material, poderá ser usado para pisos cerâmicos, vasos
sanitários e fibras de piscinas, como também ser reutilizado pelos
fabricantes de jóias como pastilhas de vidros coloridas, usadas para
acabamento.
O setor de jóias folheadas é responsável por 30% da economia do
município de Limeira. Em média, cada um dos 450 fabricantes da região
gera 30 quilos de lodo diariamente. Essas empresas ficam com o lodo
estocado, já que não podem descartá-lo no meio ambiente por conter metais
pesados e cianeto. As empresas que vendem corantes passaram, então, a
ganhar a matéria-prima, substituindo os produtos importados. As cerâmicas
poderão adquirir corante mais barato para dar coloração aos seus
produtos. O quilo do corante convencional varia de R$ 30 a R$ 60.
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