Os
níveis, no ar, de precipitação radioativa de um elemento chamado
polônio-210 poderiam, segundo os cientistas, ser detectados a 1.300
quilômetros de distância, em Nankang, um bairro de Taipé. Quantidades mínimas de polônio-210 estão presentes no magma vulcânico.
Entre junho de 1990 e final de fevereiro de 2000, a dupla detectou o gás
radioativo, que acreditam ter sido capturado nos ventos oriundos do
norte, os quais levaram a precipitação radioativa das Filipinas para
o norte de Formosa.
Essa
não é a primeira vez que altos níveis de polônio-210 foram
detectados antes de erupções vulcânicas. O polônio-210 foi encontrado também em amostras de precipitação
radioativa que precederam a erupção do Monte Santa Helena, nos
Estados Unidos, em 1980, e El Chichon, no México, em 1982.
Su
e Huh disseram que uma grande percentagem de polônio encontrada na
atmosfera é oriunda das emissões vulcânica e que o gás radioativo
é liberado pelas bolhas do magma na cratera do vulcão - uma
atividade que ocorre antes de uma erupção.
Antecipando
uma grande erupção
O
polônio-210 pode, um dia vir, a ser detectado na água da chuva, ao
ser trazido da atmosfera, dando uma clara indicação de que um vulcão
próximo está para explodir.
Ao longo dos últimos seis anos, os cientistas vêm reunindo informações
sobre os fluxos de gases radioativos na área do Mar do Leste da
China, na esperança de podê-las usá-las para futuras previsões
vulcânicas.
Su
e Huh acreditam que os resultados do Monte Mayon representam um
momento decisivo e que o desenvolvimento de um método para prever
precisamente as erupções vulcânicas pode não estar tão distante.
Eles também esperam que seu trabalho, que estuda o movimento de partículas
na alta atmosfera, seja útil para a compreensão do transporte e remoção
de poluentes do ar na Ásia.
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