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Notícia de 1o de agosto de 2002

Nova técnica poderia "farejar" erupções vulcânicas

Fonte - CNN

TAIPÉ -- Uma boa notícia para aqueles que vivem à sombra dos vulcões ainda ativos do mundo: em breve, será possível farejar uma futura erupção. Dois cientistas de Formosa anunciaram ter desenvolvido uma técnica que poderia, potencialmente, ser usada para prever quando um vulcão está para entrar em atividade.

Chih-Chieh Su e Chih-An Huh mostraram que o ar liberado por um vulcão antes de uma grande erupção está carregado com um gás radioativo. Eles acreditam que se uma rede global for adequadamente planejada, será possível alertar as populações antes de o pior acontecer. Os cientistas formosinos estudaram o vulcão mais ativo das Filipinas, o Monte Mayon, que já entrou em erupção 50 vezes desde 1616.

Os gases liberados pelo Monte Mayon estão ajudando pesquisas científicas  

Os níveis, no ar, de precipitação radioativa de um elemento chamado polônio-210 poderiam, segundo os cientistas, ser detectados a 1.300 quilômetros de distância, em Nankang, um bairro de Taipé. Quantidades mínimas de polônio-210 estão presentes no magma vulcânico. Entre junho de 1990 e final de fevereiro de 2000, a dupla detectou o gás radioativo, que acreditam ter sido capturado nos ventos oriundos do norte, os quais levaram a precipitação radioativa das Filipinas para o norte de Formosa.

Essa não é a primeira vez que altos níveis de polônio-210 foram detectados antes de erupções vulcânicas. O polônio-210 foi encontrado também em amostras de precipitação radioativa que precederam a erupção do Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, em 1980, e El Chichon, no México, em 1982.

Su e Huh disseram que uma grande percentagem de polônio encontrada na atmosfera é oriunda das emissões vulcânica e que o gás radioativo é liberado pelas bolhas do magma na cratera do vulcão - uma atividade que ocorre antes de uma erupção.

Antecipando uma grande erupção

O polônio-210 pode, um dia vir, a ser detectado na água da chuva, ao ser trazido da atmosfera, dando uma clara indicação de que um vulcão próximo está para explodir. Ao longo dos últimos seis anos, os cientistas vêm reunindo informações sobre os fluxos de gases radioativos na área do Mar do Leste da China, na esperança de podê-las usá-las para futuras previsões vulcânicas.

Su e Huh acreditam que os resultados do Monte Mayon representam um momento decisivo e que o desenvolvimento de um método para prever precisamente as erupções vulcânicas pode não estar tão distante. Eles também esperam que seu trabalho, que estuda o movimento de partículas na alta atmosfera, seja útil para a compreensão do transporte e remoção de poluentes do ar na Ásia.