|
Notícia de 20 de novembro de 2001
|
"O vírus está mudando continuamente, não conhece fronteira e a implementação de ensaios clínicos para a vacina devem sempre levar em consideração a existência de formas virais numa determinada região. O Brasil está no meio dessa região e há possibilidade, sim, do vírus estar presente", declarou o médico. Os pesquisadores ainda estão tentando entender as particularidades sul-americanas desse novo HIV, que estaria presente em 90% dos heterossexuais que são portadores do vírus da aids na Argentina. Lá, no entanto, 90% dos homossexuais soropositivos estão com o vírus "B", que é diferente. Para o especialista mexicano, a descoberta foi muito importante no sentido de que sejam criados tratamentos mais eficazes dos doentes da região. Alguns especialistas observaram que medicamentos produzidos nos Estados Unidos e na Europa podem não ser tão eficientes no tratamento de portadores desse subtipo do HIV encontrado na América do Sul. Segundo Mazin, a descoberta "vai possibilitar o desenvolvimento de uma vacina com uma capacidade imunogênica mais adequada para variedades da doença presentes na área. Acho que foi uma descoberta muito importante, não aconteceu de um dia para o outro. A gente já sabia que havia a possibilidade de termos diversas formas de aids na região e isso agora foi comprovado. Porém, precisamos ter a evidência nas mãos para desenvolver a vacina apropriada para a área", explicou. |