O material absorvido
passa por tambores, onde o carvão ativado filtra os elementos tóxicos
convertidos em resíduos sólidos. Mas a eficiência depende do tipo de solo
encontrado. Em terrenos arenosos a eficácia é maior que nos argilosos. "O
terreno em São Paulo é argiloso, então seriam necessários vários desses
aparelhos para a limpeza", diz Bernd Seelhorst. Cada um dos tambores tem,
em média, 1 metro de altura.
Caso a contaminação
seja muito alta, outros métodos mais radicais e destrutivos podem ser
utilizados. Eles vão de tratamento biológico, com utilização de bactérias e
remoção parcial do solo, até remoção total com tratamento à base de
filtragem por água ou deposição em aterro controlado.
"Tudo vai depender
de uma análise adequada do tipo de contaminação", acrescenta o geógrafo.
De
acordo com Seelhorst, o acúmulo de compostos orgânicos voláteis provenientes
de resíduos industriais sofre ação de decomposição no solo por bactérias,
podendo se converter em gases explosivos, como o metano. "Além da
toxicidade dessas substâncias, há o risco de elas se converterem em metano e
causarem explosões e incêndios se não forem drenadas."
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