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Notícia de 20 de agosto de 2001

Mauá - Descontaminação é lenta e pode exigir demolições

Um dos métodos prevê aspirar gases tóxicos do subsolo por meio de sonda de PVC

Fonte - Estadão

A limpeza de áreas contaminadas é um processo lento, trabalhoso e nem sempre é possível manter intacta a superfície da área cujo subsolo apresenta depósito de gases ou elementos tóxicos. De acordo com o geógrafo Bernd Seelhorst, da Nickol do Brasil, empresa especializada em consultoria ambiental, o método de menor impacto conhecido é o de absorção. Por ele, com auxílio de um compressor a vácuo, os elementos voláteis do solo podem ser convertidos do estado gasoso para o líquido. Uma sonda de PVC aspira os gases do subsolo em um diâmetro que pode variar de alguns centímetros a 30 metros.

O material absorvido passa por tambores, onde o carvão ativado filtra os elementos tóxicos convertidos em resíduos sólidos. Mas a eficiência depende do tipo de solo encontrado. Em terrenos arenosos a eficácia é maior que nos argilosos. "O terreno em São Paulo é argiloso, então seriam necessários vários desses aparelhos para a limpeza", diz Bernd Seelhorst. Cada um dos tambores tem, em média, 1 metro de altura.

Caso a contaminação seja muito alta, outros métodos mais radicais e destrutivos podem ser utilizados. Eles vão de tratamento biológico, com utilização de bactérias e remoção parcial do solo, até remoção total com tratamento à base de filtragem por água ou deposição em aterro controlado.

"Tudo vai depender de uma análise adequada do tipo de contaminação", acrescenta o geógrafo. 

De acordo com Seelhorst, o acúmulo de compostos orgânicos voláteis provenientes de resíduos industriais sofre ação de decomposição no solo por bactérias, podendo se converter em gases explosivos, como o metano. "Além da toxicidade dessas substâncias, há o risco de elas se converterem em metano e causarem explosões e incêndios se não forem drenadas."