Água
que abastece Curitiba - cheiro e sabor de mofo !
Falta de consciência:
lixo depositado nas margens do lago da represa
A Estação Elevatória
Patrícia de bombeamento de esgoto da Sanepar, localizada em Quatro
Barras, pode estar poluindo o reservatório do Rio Iraí há pelo menos
um mês, segundo denuncia o diretor de meio ambiente da cidade de
Pinhais e integrante da Câmara Técnica do Rio Iraí, Rasca Rodrigues.
Um líquido cinzento corre, de forma constante e em volume razoável,
saindo da galeria de águas pluviais em frente da estação, passa para
uma valeta, cai no Rio Timbu é afluente do lago que abastece 70% da
população da região metropolitana de Curitiba.
A barragem do Iraí, tomada por algas, está sendo pesquisada por gerar
o sabor e cheiro de mofo da água. O gerente de operação da Sanepar, Péricles
Weber, prometeu investigar o vazamento e explicou que, possivelmente o
problema seja uma ligação clandestina de esgoto que aflora,
coincidentemente, na tubulação que passa em frente à estação.
Recentemente, o entupimento da tubulação provocou transbordamento de
esgoto da estação, mas a Sanepar garante que aquele problema já foi
resolvido. Rasca
Rodrigues, por sua vez, diz que, mesmo que o volume de água cinzenta não
pareça expressivo, deve ser lembrado que as algas que provocam sabor e
cheiro no líquido se alimentam de fósforo e nitrogênio, presentes no
esgoto doméstico. |
Portanto, qualquer fonte de poluição deve ser identificada e
imediatamente erradicada para se evitar que a população continue sofrendo
com o problema. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) também recebeu a
mesma denúncia e ontem encaminhou ao local uma equipe de fiscais. A
assessoria do IAP informou que os técnicos coletaram amostras da água para
análise. Qualquer medida só será tomada após a identificação do
produto que esteja alterando a cor da água do esgoto que vai para o lago.
A Sanepar alega que 98% da área da Bacia do Iraí está saneada (com coleta
e tratamento de esgoto). O gerente de negócios da Sanepar, Sherman
Cordeiro, afirma que a empresa seguiu todas as exigências ambientais para
evitar contaminações. O material depositado no leito do lago, porém, ao
se decompor, poderia ser a causa da proliferação de algas durante o
primeiro ano – tempo já completado. Agora, as hipóteses se voltam para o
esgoto clandestino que ao
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Dejeto
sai de galeria de águas pluviais e vai para a represa que abastece 70%
da RMC
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contaminar os rios alimentadores do reservatório,
mantém as algas.
Embora constantemente as autoridades reafirmem a garantia da qualidade da água
em Curitiba, o problema é antigo. Em 26/08/96 a Gazeta do Povo publicou
"Água poluída coloca Curitiba em alerta". A poluição provocada
pelos esgotos de loteamentos e invasões nas áreas dos mananciais já
estava afetando o abastecimento e interferindo na qualidade da água, como
nunca antes havia acontecido na história da capital. Embora nova represa
tenha sido inaugurada, o problema continua do mesmo tamanho.
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