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Notícia de 20 de julho de 2001

Poluentes orgânicos podem ser proibidos.

Fonte - Gazeta do Povo
Expectativa é não repetir fracasso da conferência de Haia.

Johannesburgo (AFP) – Representantes de 120 países deram início ontem, em Johannesburgo, a uma nova sessão de negociações sobre a proibição dos poluentes orgânicos persistentes (COP), com a preocupação de não repetir o fracasso da conferência de Haia sobre o efeito estufa.“É evidente que não podemos permitir que se repita nesta conferência o que aconteceu em Haia, onde não foi possível chegar a um acordo”, afirmou a vice-ministra sul-africana de Meio Ambiente, Rejoyce Mabudafhasi, ao dar início à conferência.
“Devemos empregar aqui esforços diferentes, a fim de chegar a um resultado que corresponda às expectativas da população do mundo”, disse a ministra aos representantes dos governos, instituições e organizações não-governamentais reunidas em Johannesburgo, neste sábado. O objetivo das negociações é preparar uma convenção que proíba a produção e a utilização de doze COP, cujos índices no momento são os mais preocupantes.
São oito pesticidas (entre eles o DDT), dois produtos industriais e dois subprodutos de incineração de lixo e materiais plásticos. Na convenção deste ano, devem ser definidas medidas financeiras de acompanhamento dos esforços de eliminação dos produtos nos países que os fabricam: Brasil, China, Índia e África do Sul.
Na África do Sul, o DDT voltou a ser utilizado em 1999 nas zonas em que há incidência da malária, depois de um forte surto da doença, onde o número de vítimas cresceu de 4.693 em 1991, para 54.746 em 2000.“As medidas práticas da convenção deverão contemplar a eliminação progressiva dos programas de DDT tendo em conta a crise atual de malária na África do Sul, em países do Leste da África e outros em vias de desenvolvimento”, afirmou Mabudafhasi.
O diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Klaus Toepfer, declarou que a ajuda financeira a estes países para que eliminem os COPs pode ser o ponto mais espinhoso das conversações de Johannesburgo.
Entretanto, os COPs são um problema mundial que requer solução global, avaliou Toepfer, advertindo que será necessário fazer concessões para realizar um acordo no sábado que proteja a saúde humana e a integridade do meio ambiente.
O Greenpeace realizou uma manifestação no início da conferência de ontem, lembrando aos participantes que, em 50 anos de existência, os COPs têm contaminado os corpos de todos os seres vivos.