Brasil poderá se beneficiar com
Protocolo de Kioto.
Fonte - Estadão
São Paulo - A maior colaboração brasileira para o
Protocolo de Kioto foi na criação dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). A
proposta foi feita em 1997 e consistia em um mapa com a diferenciação de
responsabilidades por país, seguindo o princípio do poluidor-pagador, explica
Gylvan Meira Filho. Segundo esse mecanismo, os países que precisam diminuir suas
emissões podem realizar parte dessa redução financiando projetos que diminuam as
emissões em países em desenvolvimento.
Esse mecanismo criaria uma commodity ambiental, através dos projetos de seqüestro
de carbono. Com isso, empresas poluidoras investiriam em projetos de reflorestamento
- já que a floresta captura carbono durante seu crescimento, que fica imobilizado
enquanto ela estiver de pé - ou de substituição de matriz energética em países como
Brasil.
Embora ainda não estejam regulamentados, esses projetos já começam a acontecer. Um
exemplo é o programa desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS), que
pretende retirar da atmosfera, em 40 anos, 2,5 milhões de toneladas de carbono, através
de reflorestamento e desenvolvimento sustentado no litoral norte do Paraná.
O projeto é patrocinado pelas empresas norte-americanas General Motors (GM) e American
Electric Power (maior produtora de energia dos EUA), que vão investir nesse período US$
15,4 milhões. Grandes emissoras de gases do efeito-estufa, essas empresas esperam
recuperar o investimento com a adoção futura dos MDL.
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