Documento visa à redução do aquecimento global
Fonte - Terra
A criação de um instrumento legal capaz de obrigar os países signatários da
Convenção do Clima, acertada na Cúpula da Terra (a Eco 92), no Rio de Janeiro, a
reduzir seus índices de emissão de gases poluentes foi a meta da Conferência das
Nações Unidas sobre o Clima, realizada em 1997, em Kyoto, no Japão.
Representantes de 159 países chegaram a um consenso depois de 10 dias de debates e
acertaram o Protocolo de Kyoto, um documento que prevê a redução da emissão de gases
causadores do efeito estufa. Os 38 países considerados maiores poluidores terão de
diminuir, entre 2008 e 2012, seus níveis de emissão de dióxido de carbono e outros
cinco gases que contribuem para o efeito estufa.
A redução, em média, fica em 5,2% entre 2008 e 2012, e a meta refere-se aos níveis
de gases emitidos na atmosfera pelos países em 1990. Pelo acordo, a União Européia
reduziria a emissão em 8%, os Estados Unidos, 7%, e o Japão, 6%. Países em
desenvolvimento, como o Brasil, ficaram de fora do protocolo para poderem priorizar o
desenvolvimento.
Juntos, Estados Unidos e os 15 países integrantes da União Européia são
responsáveis por 38% das emissões de gases que contribuem para o efeito estufa. Só os
Estados Unidos lançam na atmosfera 25% dióxido de carbono (CO2) produzido no mundo todo.
Os Estados Unidos foram os mais entusiasmados com a construção de um consenso no
Japão. Na época, o presidente americano Bill Clinton declarou: "o acordo é forte
tanto ambiental quanto economicamente". Os ambientalistas não receberam as metas
propostas com tanto ânimo. O Greenpeace afirmou que "o resultado (de Kyoto) é uma
tragédia e uma farsa por ser inadequado para diminuir o impacto ambiental das mudanças
no clima".
|