Cientistas criam o primeiro
supercondutor de plástico nos EUA
Fonte - www.terra.com.br
Trabalhando a
temperaturas muito reduzidas, de até quatro graus abaixo do zero absoluto
- ou o equivalente a 270 graus Celsius negativos -, cientistas
norte-americanos dos Laboratórios Bell, em Murray Hill, no estado de Nova
Jersey, conseguiram criar o primeiro supercondutor de plástico que pode
receber e repassar energia elétrica sem oferecer qualquer resistência.
A façanha pode ajudar a promover uma nova revolução tecnológica,
abrindo o caminho para a fabricação de componentes de plástico para uma
nova geração de instalações ultra-rápidas, que seriam baseadas na mecânica
quântica. Especialistas europeus disseram que a descoberta dos Laboratórios
Bell é uma novidade "impressionante". "Isso vai nos
dar novas visões para futuros estudos", declarou Olle Inganas, da
Universidade de Linkoping, na Suécia. A pesquisa foi realizada pelo
professor Bertram Batlogg e sua equipe. Estes, no entanto, alertaram para
o fato de que o uso prático de supercondutores de plástico ainda é uma
possibilidade distante, já que a eficiência do produto só pode ser
comprovada a temperaturas extremamente baixas. O estudo do professor
Batlogg foi publicado na revista Nature, recebendo elogios de cientistas
de todo o mundo. As tentativas anteriores de transformar polímeros
baseados no carbono em supercondutores fracassaram, em parte, devido ao
fato de a maioria desses polímeros terem uma confusa estrutura atômica,
criando resistência e impedindo o fluxo de elétrons.
Conforme a CNN, na nova experiência, os cientistas usaram um plástico
chamado politiofeno.
Eles criaram uma solução contendo o polímero e a espalharam num filme
fino sobre uma camada de óxido de alumínio e ouro. O campo elétrico
criado por essa exótica mistura de metais e plástico conduziram elétrons
pelo plástico, sem nenhuma interrupção, segundo os cientistas. |