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Notícia de 11 de março de 2001

Cientistas criam o primeiro supercondutor de plástico nos EUA

Fonte - www.terra.com.br

Trabalhando a temperaturas muito reduzidas, de até quatro graus abaixo do zero absoluto - ou o equivalente a 270 graus Celsius negativos -, cientistas norte-americanos dos Laboratórios Bell, em Murray Hill, no estado de Nova Jersey, conseguiram criar o primeiro supercondutor de plástico que pode receber e repassar energia elétrica sem oferecer qualquer resistência.
A façanha pode ajudar a promover uma nova revolução tecnológica, abrindo o caminho para a fabricação de componentes de plástico para uma nova geração de instalações ultra-rápidas, que seriam baseadas na mecânica quântica. Especialistas europeus disseram que a descoberta dos Laboratórios Bell  é uma novidade "impressionante". "Isso vai nos dar novas visões para futuros estudos", declarou Olle Inganas, da Universidade de Linkoping, na Suécia. A pesquisa foi realizada pelo professor Bertram Batlogg e sua equipe. Estes, no entanto, alertaram para o fato de que o uso prático de supercondutores de plástico ainda é uma possibilidade distante, já que a eficiência do produto só pode ser comprovada a temperaturas extremamente baixas. O estudo do professor Batlogg foi publicado na revista Nature, recebendo elogios de cientistas de todo o mundo. As tentativas anteriores de transformar polímeros baseados no carbono em supercondutores fracassaram, em parte, devido ao fato de a maioria desses polímeros terem uma confusa estrutura atômica, criando resistência e impedindo o fluxo de elétrons.
Conforme a CNN, na nova experiência, os cientistas usaram um plástico chamado politiofeno.
Eles criaram uma solução contendo o polímero e a espalharam num filme fino sobre uma camada de óxido de alumínio e ouro. O campo elétrico criado por essa exótica mistura de metais e plástico conduziram elétrons pelo plástico, sem nenhuma interrupção, segundo os cientistas.