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Notícia de 10 de novembro de 2000

Medicamentos contra o colesterol diminuem riscos de demência

Fonte - Terra
O risco de demência nas pessoas de idade avançada diminui graças a medicamentos destinados a reduzir o nível de colesterol no sangue, segundo os resultados de uma pesquisa realizada por cientistas norte-americanos e publicada pela revista médica britânica The Lancet em seu número deste sábado. A pesquisa, dirigida pelo dr. Hershel Jick de Boston (Massachusetts, EUA), teve como objetivo verificar os efeitos de tratamentos redutores das taxas de lipídeos e de colesterol no sangue, como as estatinas.

Para realizá-la, os cientistas estudaram os casos de 284 pacientes britânicos de entre 50 e 89 anos de idade e um grupo de teste de 1.080 pessoas. Neste último grupo, 13% das pessoas apresentavam um excesso de gorduras sanguíneas (hiperlipidemia), 11% deles receberam prescrições de estatinas e 7% de outros medicamentos redutores de lipídeos sanguíneos. No mesmo grupo, 69% não apresentavam anomalias de gorduras sanguíneas e não receberam tratamento.

Segundo o estudo, o risco de desenvolver demência se reduz em 70% entre os pacientes tratados com estatinas. As estatinas retardariam o momento do aparecimento da demência e evitariam degradações intelectuais ligadas à idade. A demência senil afeta aproximadamente 10% da população de mais de 65 anos, assinalam os autores. Os médicos não observaram redução dos riscos de demência entre os pacientes tratados com os outros medicamentos redutores do nível de lipídeos no sangue.

O dr. Hershel Jick declarou que está "consciente das conseqüência spotenciais desta publicação e da necessidade de confirmar seus resultados". Considerando as repercussões possíveis do estudo, acrescentou que para ele é "urgente" a realização de pesquisas complementares. Os acidentes vasculares cerebrais (derrames) são uma das causas de demência senil, mas o mal de Alzheimer é a causa mais frequente. A hipertensão arterial, os transtornos do ritmo cardíaco, a arteriosclerose e o tabagismo são fatores de risco dos acidentes vasculares cerebrais.

Outra pesquisa, publicada em outubro passado pela revista norte-americana Archives of Neurology, mostrou que existe uma relação entre o tratamento com estatinas (pravastatina e lovastatina, mas não com a simvastatina) e uma redução de 60 a 73% da frequência da demência de Alzheimer.