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Notícia de 28 de outubro de 2000

Empresa é multada por esconder vazamento de urânio na Bahia

Fonte - Terra

O Centro de Recurso Ambientais da Bahia (CRA) multou em R$ 119.130 a Indústria Nuclear Brasileira (INB) por causa do vazamento de cinco mil litros de licor de urânio da lagoa de rejeitos da empresa, situada no município de Caetité, a 756 quilômetros de Salvador. O vazamento ocorreu em abril, mas só foi revelado esta semana por nove funcionários da empresa, demitidos recentemente.
Segundo a legislação brasileira, a comunicação deveria ocorrer em, no máximo, 24 horas.O urânio extraído na região é destinado ao programa nuclear brasileiro, para uso como combustível nas usinas Angra 1 e Angra 2, no Rio de Janeiro. Apesar da aparente gravidade do acidente, o coordenador de segurança radiológica da INB, Hilton Mantovane Lima, disse que não houve contaminação no lençol freático ou danos à saúde dos cerca de 800 moradores do povoado de Maniaçu, situado a 13 quilômetros do local do vazamento. Segundo a secretaria de Saúde de Caetité, Moema Farias, ninguém foi atendido no hospital do municípiar na região, a INB cumpriu um rol de 33 exigências para evitar acidentes e contaminação do meio ambiente. A empresa está investindo R$ 41 milhões no projeto que vai produzir 400 toneladas anuais de "yellowcake" (diuranato de amônia) que precisa ser transformado no gás hexafluoreto de urânio e enriquecido em países como Alemanha, Holanda e Inglaterra, para ser utilizado como combustível de usinas nucleares.Quando estiver operando plenamente, provavelmente no próximo ano, a INB faturará por ano cerca de R$ 40 milhões. A empresa também pretende disputar o mercado mundial de combustíveis nucleares, que movimenta anualmente R$ 8 bilhões.