Alerta
na Europa Vírus pode ficar incubado décadas no organismo
Fonte - Gazeta
do Povo
Aumentam em 30% casos da
doença da vaca louca - Sessenta
e nove pessoas já morreram na Grã-Bretanha
Londres (AE-AP) - Mortes
causadas pela variante humana da doença da vaca louca podem aumentar em 30%
ao ano e alcançar a casa dos milhares, informou um importante cientista do
governo britânico ontem.
Os mais recentes números
divulgados segunda-feira pela Comissão de Prevenção à Encefalopatia
Espongiforme - órgão oficial que monitora o progresso da Doença de
Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na Grã-Bretanha - revelam que 69 pessoas morreram
em decorrência da doença e outros sete casos "prováveis" foram
detectados.
Os cientistas acreditam que
as pessoas contraíram a variante DCJ ao comer carne infectada com a
encefalopatia espongiforme bovina, mas a doença fatal que causa danos
cerebrais pode apenas ser confirmada com o exame do cérebro após a morte
da vítima.
As últimas estatísticas
indicam que entre duas e quatro pessoas provavelmente morrerão da variante
humana da doença da vaca louca além das 10 ou 15 mortes anuais, disse o
professor Peter Smith, presidente interino da comissão.
Smith, um epidemiologista da
Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse que a incidência
da doença tem sido "muito constante", mas disse à rede de rádio
e televisão britânica BBC que recentemente houve um aumento considerável
do número de casos.
"Nós temos visto apenas
análises demonstrando que a tendência de alta é estatisticamente
significativa", afirma. "Acreditamos que o aumento é da ordem de
20 a 30% ao ano". Smith disse ser improvável que a doença cause as
centenas de milhares de mortes inicialmente previstas, mas ressalvou:
"Nós não sabemos como a epidemia evoluirá com o tempo."
"É possível que não seja uma grande epidemia, podendo envolver
talvez milhares de casos", disse Smith à BBC.
O período de incubação é
desconhecido, mas uma vítima tornou-se vegetariana 20 anos antes de morrer
em decorrência da doença, o que significa que ela pode permanecer alojada
no organismo sem se manifestar durante décadas, dizem os cientistas.
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