A faixa etária de jovens que se
inicia nas drogas é cada vez mais baixa. A população considerada de
risco, antes situada entre 15 a 18 nos, agora está na parcela dos
adolescentes de 11 a 15, afirma Cândida Rosilda de Melo, presidente do
Conselho Nacional de Entorpecentes do Distrito Federal, em entrevista à
Agência Brasil.
Além disso, acrescenta ela,
"houve aumento no percentual de jovens que usa drogas por motivos
diversos".
Contra este avanço dos
entorpecentes na vida dos adolescentes, Cândida recomenda que a família
se faça mais presente na educação dos filhos, de tal forma a prepará-los
para que evitem os convites às drogas.
Ela lembra que é fundamental
dialogar, dar o exemplo mas, acima de tudo, impor limites. A presidente
do Conselho Nacional de Entorpecentes do DF enfatiza que os pais que têm
filhos viciados não devem "desistir de libertá-los e se esforçar
para tirá-los desse mundo".
A leitura a respeito do assunto é
fundamental para sanar qualquer questionamento dos filhos. Se a família
não souber responder, deve procurar um profissional da área para
esclarecer as dúvidas. Além disso, as escolas têm de ter um programa
preventivo que passe ao jovem a informação correta para conscientizá-lo
dos perigos do vício.
"Com a educação familiar e
escolar é possível diminuir a quantidade de jovens que entram no vício",
garante Cândida.
Ela defende a adoção de uma
determinação política mais agressiva para que todos os segmentos da
sociedade possam estar preparados contra o que chama de
"abuso".
Segundo Cândida, "a oferta
de entorpecentes aumentou e, lamentavelmente, a demanda também. Mas não
basta culpar o governo, porque o problema também é da
comunidade".
É preciso, afirma a presidente,
ressaltar exemplos de jovens que não usam drogas e que descobrem
"sua viagem interior", como ela classifica, nas artes e nos
esportes, para que o usuário mire-se no exemplo deles.