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Notícia de 05 de julho de 2000

Cientistas criam o primeiro biochip de proteínas

Fonte - Globo.com

Cientistas americanos criaram o primeiro biochip à base de proteína, misturando o produto biológico a chips convencionais de silício.

O chefe da equipe de pesquisa, Michael Ladisch, da Universidade Purdue, diz que chips contendo milhares de proteínas poderão ser colocados num aparelho do tamanho de um computador portátil para detectar, rapidamente e a baixo custo, micróbios, células doentes e substâncias químicas prejudiciais ou benéficas ao organismo.

Ladisch, professor de engenharia biológica e agrícola da Universidade Purdue, diz que se os primeiros testes fora do laboratório forem bem-sucedidos, dezenas de aplicações dos biochips serão possíveis em poucos anos: médicos poderão usar aparelhos com biochips para diagnosticar doenças ou testar a eficácia de remédios quimioterápicos. Soldados poderão usar sensores para avisá-los no caso de um ataque de guerra química ou biológica. Outros sensores semelhantes alertarão os agricultores para o ataque de pragas em suas plantações. Cientistas poderão utilizar os biochips para confirmar se plantas usadas na medicina popular realmente contêm princípios ativos benéficos e, a partir daí, desenvolver novos medicamentos.

Biochips à base de DNA já são usados para seqüenciar genes por cientistas envolvidos nos diversos projetos genoma, incluindo o Projeto Genoma Humano. Mas chips à base de proteínas serão provavelmente mais específicos que o DNA, oferecendo maiores possibilidades de aplicações.

A ligação de uma proteína a outra é como uma chave que entra numa determinada fechadura. Colocando essas "chaves" biológicas nos chips de computador, os pesquisadores esperam detectar mais facilmente micróbios específicos, células e substâncias bioquímicas. Por exemplo, uma proteína humana que se liga à parede da célula de uma determinada bactéria. Se a bactéria estiver presente numa amostra de qualquer material submetido ao chip equipado com aquela proteína, as duas vão se ligar, provocando uma mudança no sinal elétrico que atravessa o chip. A mudança seria registrada pelo aparelho, confirmando a presença da bactéria na amostra.