Nuvens
ácidas destroem ozônio sobre o Ártico, diz Nasa
Fonte - Reuters
WASHINGTON - Nuvens frias carregadas de
ácido nítrico colaboram para a destruição da camada de ozônio sobre o Ártico,
segundo afirmaram nesta terça-feira cientistas da NASA, a agência espacial
norte-americana.
Apesar do esforço das indústrias para diminuir a quantidade de cloro lançada no ar, o
aquecimento do clima mundial pode ter colaborado para fazer com que as nuvens tóxicas durassem mais
tempo.
"As nuvens duraram mais durante o inverno 1999/2000 do que nos invernos passados,
provocando danos à camada de ozônio sobre o Ártico", disse Eric
Jensen, da Nasa,
durante um encontro da União Geofísica Americana.
Os especialistas disseram ser possível que o Ártico venha a ter um buraco no ozônio da
mesma maneira que há sobre o círculo Antártico.
"Com as nuvens persistindo por mais tempo, observamos grandes perdas de
ozônio", disse Owen Toon, professor da Universidade do Colorado que participou da
pesquisa.
A concentração de ozônio em algumas partes da estratosfera naquela região chegou a
cair 60% entre novembro e março, segundo o estudo da Nasa. A estratosfera é a camada de ar que fica
entre 16 e 50 quilômetros sobre a Terra.
A falta de ozônio no Hemisfério Norte pode afetar o norte da América do Norte, a Europa
e a Rússia durante a primavera.
A perda de ozônio sobre o círculo Ártico preocupa os especialistas desde 1995. A
recuperação dessa camada pode levar décadas. A falta de ozônio, que filtra
naturalmente os raios ultravioletas emitidos pelo sol, pode aumentar a incidência das
queimaduras solares, de câncer de pele, além de prejudicar animais e plantações.
COLABORAÇÃO - Thiago Pires Carvalho - Curitiba - PR
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