Cientistas
australianos retiraram amostras de DNA de uma tigresa da Tasmânia, conservada em álcool
desde 1866, e agora vão tentar clonar o animal, para ressuscitar a espécie, extinta há
mais de 60 anos. O objetivo dos pesquisadores do Centro de Ciências de Nova Gales do Sul
é usar o DNA para produzir um clone do filhote morto há 134 anos.
Apesar de ser chamado de tigre, o animal não era um felino e sim
um marsupial, mesma ordem de mamíferos a que pertencem os cangurus e os gambás. O
embrião clonado seria introduzido numa mãe de aluguel, possivelmente uma
quoll, gato
selvagem australiano que também é um marsupial. O último exemplar do tigre da
Tasmânia, o maior marsupial carnívoro australiano até sua extinção, morreu no
zoológico de Hobart em 1936.
O diretor do Australian Museum, Michael Archer, onde a pesquisa
está em andamento, estimou que serão necessários dez anos para realizar a clonagem. O
projeto pode custar 48 milhões de dólares somente em gastos de laboratório,
acrescentou.O núcleo das células pode ser implantado no óvulo de outro animal, como o
chamado diabo da Tasmânia, informou o coordenador do projeto, Don Colgan. Archer lembrou
que o projeto pode abrir a possibilidade de ressuscitar outras espécies extintas.
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